O filme “Escritores da Liberdade”, lançado em 2007, é baseado nos diários dos alunos da Sala 203 da Escola Woodrow Wilson, em Long Beach, na Califórnia, no ano de 1994. Ele retrata a realidade de alunos que entraram em uma escola de renome por um programa de integração, já que a maioria era de comunidade latina, asiática ou negra. Por esse motivo, eles sofriam preconceitos por parte da comunidade escolar, e nenhum outro professor se interessava em educá-los.
A Sra. Erin Gruwell e sua vontade de ensinar
Com a chegada da professora novata, Sra. Erin Gruwell, as coisas começaram a mudar. Quando olhamos seus métodos de ensino, percebemos que ela teve que se reinventar para conseguir chegar aos alunos e obter respostas positivas. O ensino tradicional não funcionava com eles por vários motivos. Por ser um método muito travado e fechado, não possuía nada que prendesse a atenção dos alunos, já que nada ali fazia sentido para eles.
Sem algo que se conectasse com a realidade deles, ou que usasse uma linguagem que eles compreendessem, não valia a pena perderem o tempo deles para irem à escola. É perceptível que, a realidade fora da escola era o que mais ocupava a mente dos alunos. Muitos participavam de gangues, outros não tinham nem onde morar, e a maioria tinha que se preocupar se terminaria o dia vivo ou não.
A escola como uma fuga da realidade
Ao decorrer das aulas, Sra. Gruwell percebeu que tinha que transformar a sala de aula em um lugar seguro, como uma fuga da realidade deles. Ela pretendia fazer a diferença na vida dos adolescentes de alguma forma. Uma das falas dela durante o filme foi: “A verdadeira luta deveria acontecer aqui na sala de aula”. Ela conseguiu enxergar o potencial escondido em cada um deles. Sra. Gruwell começou a entender suas dores e as dificuldades enfrentadas por eles. Além de compreender seus gostos pessoais para que pudesse gerar uma conexão entre o conteúdo abordado e os alunos, e ganhar o respeito de cada um.
Após um momento em que o Holocausto foi comentado dentro da sala de aula, os alunos começaram a mostrar interesse pelo assunto, provavelmente por se sentirem familiarizados com todas as dores, medos e inseguranças que os Judeus passaram naquela época. Esse foi o ponto de partida para que a professora pudesse compartilhar seus conhecimentos com eles.
Um novo formato de ensinar
Mas, ao invés de somente passar o conteúdo na lousa, ela fez melhor. Levou a turma para o Museu da Tolerância, em Los Angeles, e lá, tiveram uma vivência ainda maior sobre o que foi o Holocausto. Sentiram as dores de cada vítima, e o interesse para estudar suas histórias cresceu.
Sra. Gruwell ainda convidou sobreviventes da Segunda Guerra para compartilharem suas histórias com a turma, e propôs um projeto onde eles deveriam escrever suas próprias histórias em diários. A partir daí, os alunos começaram a dividir suas histórias, tanto com a professora, quanto com seus colegas de classe.
As notas foram melhorando, eles criaram a própria comunidade dentro da sala de aula, e passaram a se apoiar e se entender melhor. Eu vejo como o papel da professora foi importante na vida deles. Por ela não ter desistido logo no início, apenas por serem difíceis de lidar, ela conseguiu entender cada um e mudar todo o planejamento das aulas que ela tinha no início do semestre.
O poder do ensino… e os verdadeiros Escritores da Liberdade!
Mais que isso, a gente percebe o quanto o conhecimento é valioso e que todos temos algo a compartilhar com o mundo. Como comentei, o filme foi baseado em uma história real. Os Freedom Writers acabaram lançando seus diários em formato de um livro, e com a supervisão de Erin Gruwell, fundaram a Freedom Writers Foundation, que ajuda profissionais da educação a empoderarem seus alunos para o sucesso.
Já assistiu ao filme Escritores da Liberdade? O que acha de compartilhar suas reflexões com a gente, aqui nos comentários?!
Assisti esse filme na escola, minha professora de português mostrou e foi tão maravilhoso de assistir, tão inspirador chega arrepio só de lembrar. Meses depois minha mãe comprou o DVD desse filme, a gente assistiu até ele ficar todo arranhado e toda vida que assistia era um tapa na nossa cara. Essa professora é maravilhosa demais <3
Siim, menina! Esse filme, mesmo depois de anos, ainda me pega de um jeito que nem sei explicar! Ele é perfeito demaaais ♥