26 lições dos meus 26 anos

Um dia desses, estava aproveitando minha tarde de folga pra poder assistir meus canais favoritos no Youtube, e me deparei com esse vídeo do Lincoln Lohan, do canal Par de Malas. Nele, ele listava algumas das lições que aprendeu ao longo da vida, e decidi sentar e fazer o mesmo.

Essas são as 26 lições que aprendi em 26 anos!

1. Sou mais corajosa do que imagino

Eu fui uma criança/adolescente muito medrosa. Nunca me arriscava em nada, e fazia tudo conforme as regras. Tinha medo do mundo. Ao longo dos últimos anos, fui me desprendendo de amarras que tinha, principalmente na minha mente, e aos poucos, tudo foi mudando.

Hoje, mesmo quando bate um medinho ou uma incerteza, eu enfrento e vou assim mesmo. Escolhi caminhos que não são os mais convencionais (afinal, ser artista independente é um desafio por si só), me mudei pro outro lado do oceano, e tô me permitindo viver coisas que nunca imaginei.

Com certeza, sou muito mais corajosa do que pensava!

2. Eu preciso – e gosto – da minha própria companhia

Nada como estar e gostar da minha própria companhia. Seja ficar sozinha em casa, ir ao mercado, passear pela cidade ou aproveitar meu café favorito. Os momentos de solitude são importantes para mim, principalmente quando preciso reorganizar meus pensamentos, e acalmar minha alma.

3. A música faz parte da minha alma – e não posso deixá-la de lado (de forma alguma)

Sempre que decido focar 100% em outra coisa que não seja a música, eu surto. É como se minha luz interior fosse apagando aos poucos, até que eu percebo que não tenho mais forças para agir.

A música faz parte de mim. É meu ponto de conexão com o que há de mais poderoso no universo. Então, não, não tem como deixá-la de lado, nem por um segundo.

4. Fazer novos amigos pode ser difícil, mas aqueles que entram na minha vida são muito especiais

Eu sempre fui tímida e fazer novas amizades, daquelas verdadeiras, não é muito fácil pra mim. Mas por algum motivo, tenho a sorte de atrair gente maravilhosa pra minha vida, e que a cada dia que passa, se tornam ainda mais especiais.

Sou eternamente grata!

5. Nada funciona no desespero

Isso eu posso assinar embaixo que é verdade. Quando mais estamos desesperados para fazer acontecer, ou não acontece, ou não do jeito que você esperava. A energia do desespero só atrapalha, principalmente a sua mente, que precisa de tranquilidade para ver tudo com mais clareza.

Respire fundo, saia da situação e resolva as coisas com calma e foco.

6. O mundo é grande demais para pensamentos pequenos

Eu sou uma pessoa que sonha grande. Sempre fui. Acho que no fundo sempre entendi que tem muita coisa para ser vivida nesse mundo para eu ficar presa em ideias pequenas (e que não me levam a lugar nenhum).

7. Ter uma rotina equilibrada é o segredo para uma vida saudável

Nem trabalho demais, nem estudo demais, nem descanso demais. Tudo na vida é equilíbrio, e mesmo quando tudo parece que vai desmoronar, é só tirar um tempo para refletir o que você está ou não fazendo.

8. Nenhum emprego vale a sua saúde mental

Entendi isso depois de muitas experiências em que me levaram a crises de ansiedade fortíssimas. Obviamente falo de um lugar super privilegiado, mas hoje vejo que ter saído de empregos que acabaram com meu psicológico foi a melhor decisão que tomei.

Um recado pra Yamana do futuro: não caia nas mesmas paranoias por conta de trabalho. Obrigada!

9. O sol me alegra e recarrega minhas energias

Depois de passar pelo fim do inverno na Irlanda, ter o sol presente nos meus dias muda tudo. É sobre recarregar as energias, estar mais animada e disposta para aproveitar o dia. Descobri que não tem nada melhor pra minha mente e pro meu corpo do que tirar alguns minutos para sentar num parque e tomar um banho de sol.

10. Um café no meio do dia pode ser a solução

Sou uma viciada em pesquisar ferramentas que me ajudem a ter uma rotina mais tranquila. Em uma dessas pesquisas, decidi listar o que me fazia bem no meu dia a dia, e me apeguei aos detalhes, principalmente no copo de café – ou um chocolate quente.

É nesse pequeno momento que eu faço minha pausa, e não penso em absolutamente mais nada, a não ser aproveitar aqueles poucos minutos do dia só para estar.

11. Sentir saudade é difícil, mas o tempo ajuda

Assim que cheguei em Dublin, o primeiro pensamento foi: f*deu! Passei umas boas semanas chorando sempre que ficava sozinha, puramente por sentir saudades. De casa, da família, dos amigos e dos cachorros.

O tempo passou, já estou há – quase – 7 meses aqui, e digo que a saudade não vai embora, mas ela fica mais amena. O tempo realmente cura algumas coisas, e aprendi a conviver com esse sentimento que será eterno, independente de onde eu esteja.

12. A minha intuição é mais forte do que eu imaginava (confia)

Eu nunca fui de confiar na minha intuição. Não conscientemente, no caso. Mas com o tempo, fui percebendo que sim, eu devia escutar mais o que ela me fala, e n’ao me achar uma grande doida por isso.

Minha intuição existe pra me ajudar, e confiarei nela de mente e coração abertos daqui pra frente.

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13. É possível ver beleza nas pequenas coisas

Eu percebi que isso havia se tornado real quando, andando na rua, percebi que fiz as pazes com a chuva. Olhei pra cima, comecei a apreciar as gotas de água caindo do céu, e mesmo com sensação de “preciso chegar logo em casa”, percebi o quão grata eu era por aquela chuva.

Ao longo da minha semana, tento me atentar a esses pequenos detalhes. O cachorro brincando no parque, o raio de sol batendo nas árvores, a brisa tocando o meu rosto, o casal passeando com seus filhos. É sobre procurar – e encontrar – a beleza nas pequenas coisas, mesmo quando o macro está meio caótico.

14. Nada como uma comida caseira no meio da rotina louca

Vida de intercambista é uma loucura. Quando se fala em alimentação, então, aí é só reza. Foi no meio de tanta correria que percebi que não tem sensação mais acolhedora do que uma comida caseira no meio da semana.

Hoje, independente de como esteja meu dia, eu faço questão de ter pelo menos uma refeição caseira, feita ali na hora, para me sentir bem.

15. Eu sei falar em inglês (melhor que eu imaginava)

Eu estudo inglês desde que me entendo por gente. Graças aos meus pais, estava na escolinha de inglês desde muito criança, e desde então sempre estudei a língua. Ver filmes e séries legendadas, e escutar músicas internacionais sempre fez parte da minha rotina, assim como ler livros em inglês.

Mas mesmo assim, na hora de falar, sempre travava. Não por não saber, mas por não me achar boa o suficiente. Até que atravessei o oceano e fui morar num país que, ou você fala inglês, ou você fala. Foi aí que percebi que sim, eu sei falar inglês, muito melhor do que eu pensava. E não tem sensação mais gratificante!

16. Não é vergonha ter orgulho do meu trabalho (e nem me achar foda)

A gente cresce aprendendo que devemos ser humildes, e não há nada de errado nisso. O problema é levar a humildade tão a fundo a ponto de não reconhecer as suas qualidades. Eu demorei anos para reconhecer que eu sou uma cantora foda e uma professora de canto mais foda ainda.

Eu achava que se eu chegasse a afirmar o quão boa eu sou, as pessoas me achariam arrogante. Arrogância é uma coisa. Ter orgulho da sua jornada e reconhecer o seu trabalho é outra coisa.

17. Eu não sou melhor nem pior que ninguém – não é justo me comparar

Fulano viajou para tal lugar, ciclano comprou o celular X, beltrano está conquistando y e z. Todo mundo se compara, e eu me incluo nesse grupo. Mas com muita dificuldade – e terapia -, entendi que é injusto me comparar com outra pessoa.

Eu não conheço a jornada dela, quais foram as dificuldades que ela enfrentou, de onde veio ou onde quer chegar. Somos pessoas diferentes, e por mais que certos aspectos possam ser semelhantes, nenhum conquista – ou derrota – será igual.

Isso não me faz melhor, ou pior, que ninguém.

18. Instabilidade financeira tira o sono (e atrapalha todas as áreas da vida), então: planeje-se!

Se eu tenho um ponto fraco nessa vida é não saber me planejar financeiramente. Números nunca foram meu forte, e sempre me atrapalho toda quando o assunto é dinheiro. Até que chegou o momento que pensei: f*deu, ou eu me planejo de verdade, ou vai tudo por água abaixo!

E nada como a instabilidade financeira para piorar a ansiedade, te tirar o sono e atrapalhar todas as outras áreas da vida. Então, por favor, planejamento em primeiro lugar! (Isso é um recado para você e para mim).

19. Existem coisas que são para compartilhar, e outras para guardar

Aprendi isso quebrando a cara. Por ser uma pessoa muito comunicativa – e empolgada, na real – eu sempre gostei de contar tudo que estava acontecendo e planejando para quem estivesse comigo. Foi quando eu entendi que existem coisas que precisam ser guardadas só pra gente, outras que podem ser compartilhadas.

A gente nunca sabe o que passa na cabeça de quem está recebendo aquela notícia. Se ela está genuinamente feliz e torcendo por você, ou se no fundo ela quer que você falhe. Eu prefiro me blindar e compartilhar só o que não tem problema em ser compartilhado, ou só depois de ter conquistado algo que sempre sonhei.

20. Nem sempre estarei na minha skin sociável, e tá tudo bem

Depois que me mudei pra Irlanda, percebi que tem dia que não quero ver gente. Talvez seja um pouco antissocial? Pode ser. Mas eu parei de me cobrar ser sociável a todo momento. Entendi que eu preciso de momentos sozinhas para conseguir recarregar as minhas energias.

Não me entenda mal, eu gosto de estar com os meus amigos, me sinto ótima quando estou com eles, mas chega um momento que preciso voltar pro meu cantinho e aproveitar a minha própria companhia. O bom é que eles já me entendem e já sabem que a senhora Yamana tem hora para voltar pra casa e recarregar a bateria social.

21. Não é errado investir em mim e no meu bem estar

Eu nunca comprei coisas para mim. Desde que comecei a ganhar dinheiro, lá em 2017, meu salário ia para pagar contas e comida, e só. O máximo que fazia era comprar uma passagem para viajar (mas isso aconteceu umas três vezes, e olhe lá). A verdade é que eu me sentia culpada por gastar dinheiro com roupas, produtos, eletrônicos e etc.

Na minha cabeça, eu tinha que gastar com educação, alimentação e só. O restante? Era “fútil”. No fundo, eu não me sentia merecedora a ponto de possuir coisas materiais de qualidade. Olha que doida!

Confesso que ainda não estou 100% comprando tudo que gosto (e posso comprar), mas aos pouquinhos estou mudando essa ideia. É sobre investir no meu bem estar e na minha autoestima, e não tem nada de errado nisso.

22. É preciso descansar (sério!)

Ninguém é um robô programado para ser produtivo 24/7. Comecei a tirar um dia na minha semana para não fazer nada. E isso inclui usar as redes sociais, trabalhar em qualquer coisa do blog ou da Bee You, ou até fazer tarefas de casa. Meus domingo é sagrado, e só faço alguma coisa – como sair para encontrar amigos – se eu tiver 100% descansada. Melhor escolha que fiz!

23. Num dia ruim, saia de casa

Vi essa frase em um vídeo no youtube que estava assistindo, num dia ruim e decidi testar. Não tem nada mais verdadeiro que isso. Não importa o destino, mas só o fato de sair de casa, ver gente diferente, olhar pro céu e andar no parque já muda o meu humor, e até a forma que eu encaro aquele dia.

24. Descobrir o mundo é legal demais

Nada mais legal que sair andando por ruas novas, visitar a cidade do lado, ou pegar um avião e atravessar o oceano. Descobrir uma nova cultura é maravilhoso, e aquele frio na barriga de desvendar o desconhecido enche o meu coração de alegria.

25. Cuidar de mim é tão importante quanto cuidar dos outros

E quando digo cuidar, é desde tirar um dia pra mim, me mimar e até ser mais gentil nas palavras. Demorei muito pra entender que é preciso sim se colocar em primeiro lugar, e que isso não é egoísmo, mas autocuidado.

26. Não tem nada mais valioso que a família

Seja a de sangue ou a que você construiu, a família é a coisa mais valiosa nessa jornada louca chamada vida. Eu tenho o privilégio de ter uma família incrível, que independente do lugar e do momento, fazem o possível para que eu fique bem – e vice-versa.

Agora sua vez, qual seria uma lição que você aprendeu em todos esses anos de vida?